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25/11/2014

Frases para a vida

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“Querida Mamãe, meu querido Papai, este é um grande momento de nossas recordações. Temos o recinto repleto de amigos queridos. Flores. Alegrias. Não sei como agradecer. A emoção se me concentra no peito e parece que o rapaz alegre da Vila aprendeu a descobrir que a felicidade igualmente derrama lágrimas. As lágrimas iluminadas de confiança em Deus e de gratidão aos entes amados. Antigamente as luzes e o bolo somavam o júbilo doméstico. A família reunida. Os companheiros presentes. A festa hoje é a mesma, entretanto, as formações são diversas. Permitiu JESUS que as chamas inesquecíveis da mesa se transformassem nas páginas de fé e paz, otimismo e esperança. A Divina Providência permitiu fossem trazidas por minhas pobres mãos aos companheiros do mundo, refletindo as Luzes do Mais Alto que não podem ser apagadas em tempo algum. Lembro-me de todos os dias que se foram... E, em lhes manifestando todo o contentamento que me vai na alma, peço desculpas por todas as preocupações de que fui motivo, durante a minha permanência curta na Terra. Sei que protestarão, adivinho que a generosidade dos dois me pincelará na memória e na palavra, à feição de um moço perfeito, entretanto, observo hoje que as lentes do tempo me oferecem nova visão da vida e das cousas, quantas dificuldades lhes impus. Creiam que os exemplos de casa me ampararam em todos os momentos e hoje guardem a certeza de que me volto para a verdade, buscando traduzir as lições que me oferecem no trabalho a que me dedico. A morte não nos desuniu e nem nos impôs qualquer separação, porque, pela praça da beneficência, estabelecemos a bendita comunhão de almas em que estamos vivendo. Pelas palavras nem tanto continuaríamos integrados uns nos outros, mas pela força do bem estamos sempre mais juntos. Posso dizer-lhes que estou feliz. Esta é agora, Mãe querida, a minha felicidade maior: acompanhá-la em suas peregrinações de bondade, em seus empreendimentos socorristas, em seus planos de assistência aos necessitados e em seus passos no rumo dos lares em sofrimento. E ninguém julgue que me revesti de titulações religiosas ou que me haja feito anjo fajuto de um dia para outro. Apenas caminho. Caminho e compreendo. Compreendo e aceito a minha própria renovação. Isso tudo com a mesma alegria de outros tempos, com a mesma espontaneidade que me selava as manifestações. Escolhi um caminho diferente. O caminho que JESUS nos traçou. E segundo ELE próprio nos diz, através dos seus inesquecíveis ensinos, não ter vindo ao mundo para curar os sãos, sinto-me na condição do rapaz ainda doente que se abeira da farmácia do DIVINO MÉDICO, de maneira a curar-se em definitivo para o Bem. Veja, Mãezinha, que seu filho está feliz. Às nossas queridas Maria Otília, Zuleica e Marly, com os nossos estimados companheiros Walter, Celso e Paulo, o meu abraço de fraternidade e de alegria. A cada coração de nossa família espiritual reunidos nesta noite de bênçãos para acréscimo de nosso contentamento, as melhores vibrações do meu pensamento agradecido e, enlaçando o papai Raul em meus braços, procuro as suas mãos queridas para beijá-las em meu reconhecimento. Perdoe, Mamãe, se tenho ainda tão pouco para doar de mim mesmo, mas receba-me de novo em seu coração. Seu filho tem frio, aquele frio com que chegou ao seu colo, necessitado de tudo. Frio de saudade que o sol do amor faz desaparecer. Abrace-me de novo. Quem diz que o mistério do amor entre mães e filhos terá desaparecido da Terra? Aqui estamos nós para desmentir. Esqueço-me de tudo o que terá passado em meu caminho para ser, nesta hora, simplesmente seu filho, seu pequenino, pedindo proteção e recebendo imenso amor. Sou e serei sempre, com e seu carinho e por seu carinho, o seu filho, sempre seu, Augusto”. 
(Augusto Cezar Netto por Chico Xavier)

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