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30/06/2011

João Pessoa (Turismo)

(Mapa do 'guianet')



João Pessoa tem astral de cidade do interior. Para ter certeza disso, basta colocar os pés na orla entre 6h e 8h, quando os carros são proibidos de circular na avenida da praia, que se transforma num largo calçadão para caminhadas. A qualidade de vida é um dos pontos fortes em João Pessoa e isso se reflete na simpatia do povo. O pessoense, em geral, é muito receptivo com visitantes. A conversa rola fácil. Você pede uma simples informação e logo ganha um amigo.

(Picãozinho por Toddy Holland)


(Areia Vermelha - Conjur)


Em João Pessoa, ninguém perde o passeio ao Picãozinho – onde os arrecifes formam um conjunto de piscinas com água batendo na cintura – e à Areia Vermelha, uma ilha de areia, a cerca de 800 metros adiante da Praia de Camboinha. Da terra firme, quem olha em direção da Areia Vermelha vê um inusitado aglomerado de barcos e guarda-sóis em pleno mar. Parece uma praia de verdade, com direito a barracas e mesas, com a diferença que, quando a maré sobe, a ilha fica submersa e é preciso voltar.

Tanto Picãozinho quanto Areia Vermelha têm serviços regulares de catamarã, que ficam fazendo o percurso de ida e volta. Evite ir aos finais de semana, para não disputar o pouco espaço desses locais com os próprios moradores de João Pessoa, que também adoram esses banhos de mar que são os mais originais da região.


É conhecida como "a cidade onde o sol nasce primeiro." Isso deve-se ao fato que no município está localizada a Ponta do Seixas, que é o trecho de terra mais a leste de todas as Américas. Ou seja, situa-se no extremo oriental do Continente Americano.


(Jurandy do Sax tocando o Bolero de Ravel - foto do blog 'ararasvideo')


Em João Pessoa, existe uma tradição para assistir aos derradeiros raios do astro-rei na Praia do Jacaré, às margens do Rio Paraíba. As pessoas acomodam-se nas mesas espalhadas pelos trapiches de madeira de cinco bares e assistem ao pôr-do-sol ouvindo o Bolero de Ravel, tocado ao som de um saxofone.

Alguns minutos antes do sol se esconder, o que costuma ocorrer por volta das 17h, uma figura vestida de branco chega em pé numa canoa. Ouvem-se os acordes do sax. Ainda executando a música, desembarca no trapiche e sai andando devagar entre as mesas.

Trata-se do Jurandy do Sax, hoje a pessoa mais conhecida de João Pessoa justamente por fazer sempre a mesma coisa: tocar o Bolero de Ravel na hora do pôr-do-sol. Jurandy começou a executar a música por curtição num boteco que havia na beira do rio e lá se vão 20 anos. Quando outros bares se instalaram no local, ele já gozava de certa fama e começou a fazer o show no barquinho. Logo atraiu a atenção da mídia e o movimento só fez aumentar.


(Litoral Sul - site 'culturamix')


Já a Paraíba tem um litoral um pouco mais modesto, com apenas 130 km de extensão, mas com praias na porção sul que não ficam nada a dever às mais bonitas do Nordeste, com a vantagem extra de que a maioria delas permanece quase intocada. É o caso da Praia de Barra de Gramame, tão rústica quanto sempre foi o que não deixa de ser surpreendente por estar a apenas 20 km de João Pessoa.
(Álvaro e o Zezinho - site '50 por 1' por Álvaro Garnero - PARAÍBA - http://www.50por1.com.br/episodio_det.php?codeps=MTA4)


Barra de Gramame é um lugar tão tranquilo que seu morador mais ilustre, o Zezinho, arruma tempo para exercitar um curioso hobby: domesticar caranguejos. O sujeito passa horas do dia alisando a carapaça de guaiamuns de quase 30 centímetros de comprimento, enquanto esquiva-se das perigosas garras dos bichos. Diz que leva cerca de um mês para amansar um cascudo. Depois, carrega-os pelo ombro como se fossem papagaios. “Que besteira”, muitos diriam. Mas os guaiamuns domesticados atraem muitos clientes para a barraca na qual Zezinho é um dos proprietários.

A bela Tambaba

(Mirante do Dedo de Deus - site 'panoramio')


(Praia de Nudismo - Tambaba - foto do blog 'viagensbrasil-raquel')


Seguindo adiante, surgem as praias de Coqueirinho, emoldurada por falésias (suba ao Mirante do Dedo de Deus para babar com o visual) e Bela, esta com um rio desembocando no mar e uma ampla faixa de areia deserta, o que justifica o seu nome. Entre elas, fica a jóia maior do litoral paraibano, a Praia de Tambaba, considerada uma das dez mais belas do Brasil.

Em um único dia você pode conhecer todas essas praias do litoral sul de João Pessoa. Basta um carro alugado ou um bugueiro à disposição, que o levará também aos cinco mirantes que existem no alto das falésias. Outra vantagem da simpática capital paraibana é a localização geográfica. E isso não tem nada a ver com o fato de a cidade estar no ponto mais oriental das Américas (a Ponta do Seixas fica em João Pessoa, recorda-se dos livros do colégio?). Mas sim pela proximidade que tem com outros destinos bem interessantes do Nordeste.

São cerca de 150 km, ou duas horas de carro, do Recife, e a mesma distância até a Praia de Pipa, no Rio Grande do Norte. Para os viajantes independentes, João Pessoa é perfeita ao oferecer a possibilidade de incluir, sem grande complicação, as atrações do litoral de três Estados numa única viagem.


(Restaurante Mangai - site www.slcalimentos.com.br/paponacozinha/)


A Paraíba tem uma culinária com iguarias regionais tão marcantes quanto a Bahia: desde a carne-de-sol com macaxeira, que tem em todo Nordeste, a outros pratos bem típicos de lá, como a fava (uma espécie de feijoada preparada com feijão graúdo) e o rubacão (o baião-de-dois com nata e charque).

O melhor lugar para experimentar a riqueza da comida do sertão é no Mangai (Av. Edson Ramalho, 696, na Manaíra), onde a proprietária, a “Parêa”, cuida de todos os detalhes e comanda um batalhão de funcionários.

A novidade é o Vila Cariri (Rua Francisco Claudino Pereira, 500, Manaíra), onde o cardápio em forma de literatura de cordel apresenta as invenções regionais, como o cabrito ao molho de alecrim com macaxeira e queijo coalho.

No Bombordo, na Praia do Jacaré, você come uma moqueca que serve duas pessoas. E se quiser uma carne grelhada, vá ao Tábua de Carne (Av. Rui Carneiro, 648, Tambaú).


Fonte:

Vídeo:

Paraíba State


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