Pages

Pesquisar este blog

07/11/2011

Rosa Maria Weber, do TST, será ministra do STF


"Nós, consumidores, sentimos a disparidade de forças no momento de fazer uma reclamação. Daí a necessidade de equalizar as forças."

Rosa Maria Weber Candiota da Rosa
Ministra do TST (escolhida pela Presidenta Dilma Rousseff para ser a nova Ministra do STF)


A ministra do Tribunal Superior do Trabalho Rosa Maria Weber será a próxima ministra do Supremo Tribunal Federal. Ela foi escolhida nesta segunda-feira (7/11), pela presidenta Dilma Rousseff, para ocupar a cadeira deixada pela ex-ministra Ellen Gracie, que se aposentou em agosto desta ano. A ministra do Tribunal Superior do Trabalho estava disputando a vaga com outras duas mulheres: a ministra do Superior Tribunal de Justiça Maria Thereza de Assis Moura, especializada em Direito Penal e a ministra Nancy Andrighi, também do Superior Tribunal de Justiça, vista como uma mulher ligada a direitos sociais.

Uma das preocupações do governo era indicar um nome que tivesse forte musculatura jurídica e fosse comemorado quase à unanimidade, como aconteceu quando o ministro Luiz Fux foi anunciado para uma das vagas do STF em fevereiro passado. Por isso, o perfil da escolhida primava pela técnica, com pouca coloração política.

Rosa Maria Weber reúne características favoráveis. Eleito como governo trabalhista, o grupo no poder não indicou até hoje nenhum juiz oriundo do mundo trabalhista para o Supremo. Rosa não só substituirá outra mulher, como alguém do Sul do país. Ellen apesar de ser do Rio de Janeiro, fez carreira jurídica no Rio Grande do Sul.

Rosa Maria nasceu em Porto Alegre e formou-se em Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Durante um ano, foi professora no curso de Direito da PUC-RS. Juíza há 35 anos, a ministra Rosa Maria Weber vem de uma família de empregadores rurais gaúchos. Nem por isso pode ser rotulada como simpática às teses dos patrões. A experiência pessoal conferiu-lhe uma visão ampla das relações de trabalho, que a fez compreender a indignação de empregadores acionados, mas não a fez perder o foco de que a legislação trabalhista tem de ser, nexessariamente, protetiva.

A ministra, nascida em outubro de 1948, compara a razão de ser da legislação trabalhista com o Código de Defesa do Consumidor. "Nós, consumidores, sentimos a disparidade de forças no momento de fazer uma reclamação. Daí a necessidade de equalizar as forças."


Revista Consultor Jurídico, 07 de novembro de 2011

0 comentários:

Postar um comentário