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“A política é o que fazemos todo dia,
quando educamos nossos filhos para não jogar papel na rua, quando decidimos não
aceitar o ‘por fora’ para liberar algo mais rápido, quando damos passagem para
um carro ou quando levantamos no ônibus para alguém sentar. Política é tudo
isso, inclusive, não desistir de eleger gente séria, mesmo que, às vezes, isso
pareça difícil. Devemos misturar um pouco mais de política com educação, e
muito dela com a responsabilidade individual. Tem a ver com respeitar as
regras, sem prejuízo de querer melhorá-las, e mais ainda com respeitar o
diferente, tolerando o outro tanto quanto queremos ser tolerados. Mas eu
começaria sugerindo a você algo bem simplista, mas profundamente poderoso: seja
você o primeiro a se representar bem, cuidando do seu metro quadrado. Se puder,
influencie o metro quadrado do lado, mas que – antes – o seu próprio seja
digno, feliz, honesto, correto, que você trate os outros como gostaria de ser
tratado (a ‘Regra de Ouro’). Se você fizer isso, mais do que ser representado
por ‘A’ ou por ‘B’, você representará bem seu país e sua raça, a humana. Como
disse Gandhi: ‘Seja você a mudança que deseja ver no mundo’.”
(Professor, Juiz Federal e Escritor,
William Douglas)
“Querida Mamãe, querido Papai, meu
querido irmão, Deus abençoe a nós todos. Estou ainda quase sem forças. Quase
como no instante em que me levantei de mim mesma, depois de me haverem erguido,
à maneira de uma criança. E venho, querida Mãezinha, não apenas atraída por seu
carinho, mas trazida na corrente de suas petições e de suas lágrimas. Peço
agora com mais insistência, não se entristeça, ajude-me com aquela fortaleza
que em seu espírito nunca vi esmorecer. Perdoem-me, o seu coração e o coração
de meu pai, se voltei tão às pressas à vida que me convidava às grandes
renovações. Somente aqui vim a saber que estava sendo preparada com carinho
para a volta. Tudo, Mamãe, foi muito rápido. A gente não se despede do corpo,
sem desatar muitos laços e nem se desliga com muita facilidade do ambiente
querido em que se nos desenvolveu a experiência familiar. Quando acordei,
porém, escutava seus apelos, suas perguntas, suas aflições e suas lágrimas, em
forma de palavras e sons que me ecoavam por dentro do coração. Senti-me perdida,
como quem se reconhece num hospital que não pediu e nem esperou. Os
conhecimentos que trazia comigo me foram valiosos, porque era justo que eu a
chamasse aos gritos, manifestando minha estranheza em altas vozes, mas quando
vi o tio Orlando com aquele rosto sereno a fitar-me, ele que partira,
antecedendo-me na vida Espiritual, creio por onze meses, compreendi tudo.
Achava-me como ainda me encontro numa instituição de refazimento em que o amigo
maior é o Padre Antônio, direi Antônio Preto, de quem ouvira tantas vezes
falar. Lutei muito, querida Mamãe, porque não é fácil deixar a existência no
lar, nem mesmo quando temos aquele ideal de estudar a vida em outros planos e
em outros mundos, que sempre me marcou as ideias de menina voltada para os
assuntos do espírito. Mãezinha, agradeço as suas preces e as orações dos
familiares. Aqui, tenho encontrado muito amor, através de gestos de proteção
que não plantei. Cada qual na Terra dispõe de uma quota de tempo a fim de fazer
o que deve. A parcela que a vida me reservava era curta. Mas tenho a ideia de
que tive os melhores pais da Terra e os melhores irmãos, porque recebi todos os
recursos de casa para realizar em mim as construções espirituais que pude.
Dizer obrigada é tão pouco, mas digo assim mesmo: obrigada, Mãezinha, por seus
braços que me guiaram na vida, por seus sacrifícios por mim, pelas orações que
aprendi nos seus lábios e que as teorias do progresso humano não me fizeram
esquecer; por suas noites de vigília, por suas inquietações, acompanhando-me
com as suas preces, quando me ausentava de casa, obrigada pelas repreensões que
eu merecia e que ficaram sempre em seu carinho sem que você me falasse dos
receios que eu causava à sua ternura, obrigada por tudo, mas por tudo o que
você me deu e obrigada a todos os que me concederam em família para me servirem
de protetores e companheiros. Estou ainda muito pobre de forças, mas Deus
concederá à sua filha energias novas e serei útil. Mãezinha, meu pai, meu
irmão, Tia Geni e todos os meus entes queridos, termino, dizendo que estou
agradecida, amando a todos cada vez mais. Mãezinha, você é tudo para mim,
querida Mãezinha, abençoe-me e deixe que me ajoelhe diante das suas preces
outra vez para repetir que nós duas confiamos em Deus. E receba todo o carinho,
com muitos beijos da sua filha, agora mais sua filha no coração”.