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“A primeira instituição visível do Cristianismo foi
o lar pobre de Simão Pedro, em Cafarnaum. Uma das primeiras manifestações de NOSSO
SENHOR, diante do povo, foi a multiplicação das alegrias familiares, numa festa
de núpcias em pleno aconchego do lar. Muitas vezes visitou JESUS as casas
residenciais de pecadores confessos, acendendo novas luzes nos corações. A
última reunião com os discípulos verificou-se no cenáculo doméstico...”
(André
Luiz por Chico Xavier)
“Desejais
realizações generosas nos domínios da revelação superior, sonhais conquistas
gloriosas e realizações sublimes; entretanto, há que corrigir vossas atitudes
mentais diante da vida humana. Como intentar construções sem bases legítimas,
atingir os fins sem atender aos princípios? Não se reduz a fé a simples amontoado
de promessas brilhantes, e o conjunto de ansiedades angustiosas que vos possui
os corações de modo algum poderia significar a realização espiritual
propriamente dita. A edificação do reino interior com a luz divina reclama
trabalho persistente e sereno. Não será tão somente ao preço de palavras que
erguereis os templos da fé viva. Como acontece a comezinhos serviços de
natureza terrestre, é imprescindível a escolha de material, esforços de
aquisição, planos deliberados previamente, aplicação necessária, experimentação
de solidez, demonstrações de equilíbrio, firmeza de linhas, harmonia de conjunto
e primores de acabamento... Urge colocar os desígnios do SENHOR acima de todas
as preocupações individuais! Urge fugir da apropriação indébita no comércio com
as forças invisíveis, furtar-se ao encantamento temporário e à obsessão sutil e
perversa!... Todavia, é ainda muito forte a vossa tendência de materializar todas
as expressões do espírito, esquecidos de espiritualizar a matéria. Solicitais a
luz, quase sempre perseverando nas sombras; reclamais felicidade, semeando
sofrimentos; pedis amor, incentivando a separação; buscais a fé, duvidando até
de vós mesmos... JESUS nos afirma: ‘EU sou a porta... Se alguém entrar por mim
será salvo e entrará, sairá e achará pastagens!’ Por que audácia
incompreensível imaginais a realização sublime sem vos afeiçoardes ao ESPÍRITO
DE VERDADE, que é o próprio SENHOR? Ouvi-me, irmãos meus!... Se vos dispondes
ao serviço divino, não há outro caminho senão ELE, que detém a infinita luz da
verdade e a fonte inesgotável da vida! Não existe outra porta para o acesso ao
equilíbrio divino que anelais no recôndito santuário do coração!...
Lembrai-vos, contudo, de que a lei divina jamais endossou o cativeiro e nunca
sancionou a escravidão! Em muitas ocasiões, ao invés de cultivardes as qualidades positivas
de realização com JESUS, permaneceis no fomento de interesses mesquinhos da
concorrência humana aos centros passageiros de pura sensação... Nem todos os
transeuntes da via pública permanecem em condições de beneficiar, orientar e
ensinar... Sem os valores da preparação, encontrareis irremediavelmente a companhia
dos que fogem aos processos educativos do SENHOR; e sem as bênçãos da
responsabilidade encontrareis logicamente os irresponsáveis... Urge abandonar
os setores de ruído externo para iniciardes o desenvolvimento interior das faculdades
divinas! A paixão do fenômeno pode ser tão viciosa e destruidora para a alma,
como a do álcool que embriaga e aniquila os centros da vida física! Vosso jogo
de hipóteses, na maioria das circunstâncias, não passa de dança macabra dos
raciocínios, fugindo às realidades universais e adiando, indefinidamente, a
edificação real do espírito!... Que dizer dos discípulos que estudam sempre,
sem jamais aprenderem no terreno das aplicações legítimas? Que dizer dos
companheiros, portadores de luzes verbais para os outros, que nunca se iluminam
a si mesmos? Catalogar valores não significa vivê-los. Ensinar o caminho a viajores,
não demonstra conhecimento direto e pessoal da jornada... Se não seria razoável
encontrar Platão ensinando filosofia avançada a tribos selvagens e primitivas,
nem Francisco de Assis operando com salteadores, não será admissível a
integração dos Espíritos esclarecidos e santificados com as almas rigorosamente
agarradas às manifestações mais baixas e grosseiras da existência carnal... Todos
nós, amados amigos, nos encontramos diante da própria Espiritualidade sem fim,
renovando energias viciadas de séculos consecutivos, a caminho de transformações
que mal poderíeis imaginar, nos círculos de vosso presente evolutivo!...
Unamo-nos todos no compromisso sagrado de cooperação legítima com JESUS!... Intensifiquemos
nosso esforço espiritual, renovando as disposições milenárias do pensamento
animalizado do mundo, construindo estradas sólidas para a fraternidade legítima!...
Acentuai o próprio equilíbrio e o SENHOR vos abrirá a porta dos novos
conhecimentos! Se o desejo de transformar o próximo atormentar-vos a alma, lembrai-vos
de que há mil modos de auxiliar sem impor e que somente depois do fruto
amadurecido há provisão de sementes com que atender às necessidades de outros
núcleos da semeadura! Desligai-vos do excessivo verbalismo sem obras! Não vos falo
aqui tão-somente das obras do bem, exteriorizadas no plano físico, mas, muito
particularmente, das construções silenciosas da renúncia, do trabalho de cada
dia no entendimento de JESUS CRISTO, da paciência, da esperança, do perdão, que
se efetuam portas adentro da alma, no grande país de nossas experiências
interiores!... Não permitais que o egoísmo e a vaidade, os apetites inferiores
e as tiranias do ‘eu’ vos empanem a faculdade de refletir a Divina Luz”.
(André
Luiz por Chico Xavier)