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25/01/2012

A MORTE É A MORTE?


Antes de nascer, ao nascer, criança, adolescente, adulto (ainda mais de forma prematura), presenciamos a partida diuturnamente, como um ritmo de uma música, a princípio fúnebre, que não para de cessar. Um mistério, cujas conclusões pertencem a DEUS.

Dependendo da cultura, alguns até comemoram a partida com festa, enquanto que aqui no Brasil alguns vestem a cor preta. São opções. No entanto, não podemos dizer que corpo e espírito estão juntos para sempre, já que a matéria não tem o condão de transcender a morte.

Na Epístola de Tiago (2:26) está claro que o ‘corpo sem espírito é morto’. Ou seja, a morte é do corpo, da matéria, da vestimenta carnal que DEUS nos presenteou aqui na Terra, que ao pó voltou, independentemente de religião.

Lá no 1º Livro de Moisés (Genêsis 35: 18), relatando a morte de Raquel durante o parto, é dito que ‘ao sair-lhe a alma (porque morreu)’.

No Livro do Eclesiastes (ou o Pregador), Salomão diz que ‘o pó volte à terra como o era, e o espírito volte a DEUS, que o deu’. E ainda acrescenta: ‘Vaidade de vaidade, diz o Pregador, tudo é vaidade’ (12: 7-8).

No Evangelho segundo Lucas (23: 43), no momento da morte (ou melhor – partida) JESUS disse: ‘Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso’.

No capítulo 5 da 2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, sob o título ‘Ausentes do corpo e presentes com o Senhor’, temos que:

‘Se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de DEUS um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus’.
...
‘Ora, foi o próprio DEUS quem nos preparou para isto, outorgando-nos o penhor do Espírito. Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto no corpo, estamos ausentes do SENHOR; visto que andamos por fé e não pelo que vemos. Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o SENHOR’.

Na Epístola de Paulo aos Filipenses, vemos essa pressa em partir nas declarações do Apóstolo pelo fato de ser algo inimaginavelmente melhor. Ele diz em Fp 1:23: ‘Ora, de um lado e outro lado, estou constrangido, tendo o desejo de partir e estar com CRISTO, o que é incomparavelmente melhor’. Para a alma não é difícil perceber que a morte é alívio e libertação.

O que dizer de Rick, uma pessoa muito querida, que não fazia mal a uma mosca, sedento pela Palavra e que caminhava no caminho do justo e reto de coração? No Evangelho segundo João (3:16) temos a missão de CRISTO: ‘Porque DEUS amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna’. Aqui não temos religião, mas, apenas, o presente, o melhor presente – receber o SENHOR unindo-se a Ele. Em Atos dos Apóstolos (4: 12) é dito que ‘não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos’.

A Palavra é de graça e não precisa de religião, como é dito na 1ª Epístola de Paulo a Timóteo (1: 15): ‘Fiel é a Palavra e digna de toda aceitação’. Com uma simples leitura já dá para perceber que a morte não é a morte.

O mundo é mundo e estamos nele. Andemos, então, de olhos abertos, valorizando o que realmente tem valor – DEUS, família, verdadeiros amigos, o próximo, etc.

As necessidades básicas, diferentemente das coisas supérfluas e do mundo, têm uma atenção especial na principal oração – ‘O Pai Nosso’. No Evangelho segundo Mateus (6: 9-15) está escrito:

‘Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixeis cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!]. Segundo a tradução de João Ferreira de Almeida, essa parte em colchetes não consta do texto grego adotado.

‘O Pão de cada dia’ é o que temos necessidade hoje. O porvir é construído no presente com sabedoria e controle, mas sem passar por cima dos outros com ambição desenfreada. Certamente, 90% das nossas preocupações também não residem, apenas, nas necessidades diárias. Sempre é algo mais e mais, nos distanciando dos nossos verdadeiros tesouros, enquanto milhares de pessoas morrem de fome todos os dias e o tempo para a família e para DEUS fica cada vez mais escasso.

Em relação ao tempo que passamos por aqui, na 2ª Epístola de Pedro (3: 8), vemos que o tempo de DEUS é bem diferente do nosso, ao dizer que: ‘Há, todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que para o SENHOR, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia’. Nosso querido Rick passou 43 anos conosco aqui na Terra, ou seja, 01 hora e 08 milésimos de segundos. Foi esse o tempo de DEUS.

Rick, no momento da sua partida, estava num dos melhores (senão o melhor) momentos da sua vida – estava cada vez mais próximo da família, (re) encontrou um anjinho por aqui – sua alma gêmea Keila Azevedo, em comunhão constante com DEUS, cuja única preocupação residia no fato de Bia, sua única filha, ter de ir morar no Crato-CE (notícia recebida quando as malas já estavam prontas). A causa da partida entreguemos nas mãos daquEle que tudo sabe. O porvir é dEle assim como a nossa vida. Aliás, a alma, visando sempre a evolução, também toma as suas decisões em choque com os desejos do corpo. Enquanto o corpo quer ficar, receber elogios, ter conhecimentos, etc., a alma quer partir de acordo com o chamado de DEUS. Alimentamos o cérebro e nos esquecemos da mente.

 O que dizer dos médicos que retardam o chamado? Talvez a principal ou a mais bonita das profissões não seria a que é responsável pelo parto, chegada e recepção de todos nós por aqui? Somos retirados do mais belo de todos os confortos para a luz. Será luz mesmo? Apesar de olhos fechados eu enxergava por dentro o maior de todos os amores – minha mãe, meu tesouro maior. Vai ver que é por isso que nascemos chorando. Não seria suficiente a medicina da prevenção? Por outro lado, temos, diante desse retardo, uma chance de mais um abraço, apesar de que as razões de DEUS são sempre irrefutáveis.

Aos que ficam, a dor da saudade e do até breve sem aviso ao lado do conforto das boas lembranças. Aos que não deram o abraço físico, fica a oração, cujo beijo é dado por intermédio dos anjos para elidir a dor dessa imensa saudade.

Fiquemos com DEUS!

Rick, com amor incondicional em nossos corações e na esperança do reencontro, você está cada vez mais vivo em nossas vidas. Que o tempo de Deus seja o tempo de Deus e que possamos, cada vez mais unidos e felizes, caminhar com passos firmes na trilha traçada pelo Senhor. À família o amor cada vez mais forte e aos amigos a gratidão e o afago que incrementa essa força que brota de Deus.

Para Rick o beijo do irmão e amigo para sempre (Dadinho).

 
Eduardo Neiva de Oliveira

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