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08/11/2013

Frases para a vida


“A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos”. 
(Filósofo alemão, Arthur Schopenhauer)

“As atrocidades da II Guerra Mundial geraram na Alemanha um movimento de reforma radical das Teologias tradicionais, que se projetou nos Estados Unidos e vem penetrando sutilmente em toda a América, através de traduções de livros dos novos teólogos, que anunciam a morte de Deus e pregam a novidade do Cristianismo Ateu. Os teólogos mais uma vez se enganam. A teoria da Morte de Deus, que eles procuram inutilmente explicar como um acontecimento atual, do nosso tempo, nunca se verificou nem pode verificar-se. Deus não é um ser nem é mortal, porque é o Ser Absoluto, o Bem, segundo Platão, a Ideia Suprema de que derivam todas as ideias e, portanto, todas as coisas e todos os seres. Os teólogos da chamada Teologia Radical da Morte de Deus, e seus companheiros de outros ramos teológicos subsequentes, sofrem de um processo de alucinação por transferência. Quem está morrendo não é Deus, são eles mesmos e suas Teologias, eles e as Religiões formalistas e dogmáticas. A concepção nova de Deus, que nasce dos escombros da concepção antropomórfica do passado, é a de uma Inteligência Cósmica que preside a toda a realidade possível. Os cosmonautas soviéticos, depois de umas voltas ao redor do grão de areia da Terra, declaram eufóricos que Deus não existe, pois não tiveram o prazer de encontrá-lo nos microscópicos subúrbios do nosso planeta. Fizeram como o estudante de Eça de Queiroz, em A Cidade, que, para provar a inexistência de Deus, tirou o seu relógio patacão do bolso do colete, diante de colegas, e deu o prazo de alguns minutos para que Deus o fulminasse. Como não foi fulminado, declarou que estava provada a inexistência de Deus e guardou o patacão no bolso. Essas piadas servem apenas para mostrar-nos o estado de ignorância em que ainda nos encontramos; e para provar, isso sim, que estamos mortos em nossa estupidez diante da grandeza do Cosmos. Dizer que Deus morreu é como dizer que a vida se extinguiu. O fato de estarmos vivos e fazermos essa afirmação já prova o contrário. Certas pessoas opiniáticas, muito ciosas de si mesmas, costumam dizer que Deus não existe porque ninguém pôde provar a sua existência. A própria Ciência ensina que a causa se prova pelo efeito. Basta-nos olhar uma flor ou um grão de areia para sabermos que Deus precisa existir, que existe necessariamente. O que não podemos aceitar é o Deus das religiões, porque esse Deus – ilógico e absurdo, como dizia Aristides Lobo – pertence a um passado remoto em que a humanidade necessitava dele. A essência da Religião constitui-se de apenas um núcleo e uma partícula, como o átomo de hidrogênio. O núcleo é a ideia de Deus e a partícula o sentimento religioso. A Religião verdadeira,que jamais agonizou e nunca morre, tem nesse átomo simples e puro a sua raiz simbólica”.  
(Jornalista, Filósofo, Parapsicólogo, Educador e Escritor, José Herculano Pires)

“Para livrar a Religião da pulverização sectária é indispensável libertá-la do formalismo dogmático, do profissionalismo religioso, do fanatismo igrejeiro. Se quisermos salvar a Religião, nesse maremoto das transformações que afligem os passadistas, façamos urgentemente a liquidação das religiões em agonia e mandemos os seus artigos de fé, seus ícones e suas medalhas para o Museu do Homem, como simples testemunhos de um tempo morto. Tudo isso é aflitivo para os espíritos rotineiros e acomodatícios, como a mensagem cristã era escândalo para os judeus e espanto para gregos e romanos. Mas os espíritos flexíveis, corajosos, lúcidos, empenhados na busca da Verdade – essa relação direta do pensamento com o real – não se atemorizam, antes se rejubilam com a libertação do homem. Esta é a verdade flagrante do momento que vivemos: o homem se liberta de seus temores, da ilusão de sua fragilidade existencial, do confinamento planetário, do embuste e da hipocrisia, para viver a vida como ela é, na plenitude das suas potencialidades corporais e espirituais. O homem se emancipa e toma consciência da sua natureza cósmica. Diante dele está o futuro sem limite, a imortalidade dinâmica e demonstrável que se opõe ao conceito limitado da imortalidade estática e hipotética. Sua herança não é o pecado nem a morte, mas a vida em nova dimensão”. 
(Jornalista, Filósofo, Parapsicólogo, Educador e Escritor, José Herculano Pires)

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