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“Não adianta vencer sem melhorar-nos. O lugar em que
você vive é o seu campo de ação. Os inimigos a vencer estão em nós mesmos”.
(André Luiz por Chico Xavier)
“Estude, eleve, construa e nada fará em vão. Recorde:
a luz da verdade não conhece oposição”.
(Casimiro Cunha por Chico Xavier)
“De tudo, aparece um ensino que não se deve olvidar:
dor de quem não se conforma tende sempre a piorar”.
(Cornélio Pires por Chico
Xavier)
“Insensatos,
diria JESUS, por que tu não tiras primeiro a trave do teu olho e depois vai e
tira o argueiro do olho do outro, fixados que estão por fora sem se perceber
por dentro? Essa é uma dinâmica habitual da nossa cultura social. Temos um
mundo de imagens. Somos apelados a fixarmos no mundo externo. No entanto, não
temos a mesma introspecção. Viajamos para fora, mas não temos uma incursão para
dentro. E nos detemos nos eventos externos sem avaliarmos a conexão com aqueles
que se estabelecem internamente. Portanto, somos pessoas com olhos muito
abertos e só fechamos os olhos para adormecermos pela exaustão. Por isso, o
nosso olhar é um olhar sempre exterior, sempre para fora. Fixados nessa
movimentação, nós habitualmente nos sentimos vítimas do mundo quando sofremos,
quando experimentamos infelicidades... como se fôssemos meras vítimas, inertes,
dos eventos exteriores. Não damos conta de avaliar a nossa
movimentação interior. Esse jeito, essa cultura do mundo, nos remete para uma
reflexão muito profunda quando se trata de eventos mais danosos que nos afetam
a vida e quanto ao desafio de amar os inimigos. Sim, amar os inimigos. O
argueiro que está fora passa a ter domínio sobre a nossa vida. Por isso, nós
nos fixamos no inimigo externo, na parceira, no sócio, em alguém que disseminou
uma calúnia em torno do nosso nome... Fixamos paralisados nessas posições, que
são de inércia, de acomodação e de vitimização, aguardando que a solução também
venha de fora. Há, no entanto, um outro jeito de olhar para essa relação com o
mundo, que vai se estabelecendo nessa unilateralidade – o mundo me afeta, o
mundo me causa mal, o mundo me prejudica – eu sou, portanto, mais objeto do
mundo do que sujeito da minha própria história. Isso, portanto, nos congela
numa posição de sofrimento, numa posição de vitimização, num espaço nada
sintônico com o objetivo que temos na vida de avançar, de construir a nossa
história, de nos apropriarmos da nossa existência, e não ficarmos a reboque dos
eventos que nos alcançam. Desse modo, é muito importante, é fundamental, que
reavaliemos essa postura diante da vida em face da proposição de JESUS – por
que tu não tiras a trave do teu olho ao invés de primeiro querer mexer no
argueiro que está no olho do outro? Tirando a trave estaremos com a visão mais
apurada, acuidade psíquica mais em dia, e teremos mais condições de intervir
naquilo, naquele ou em quem está nos afetando, direta ou indiretamente. A
proposição de JESUS, portanto, é de que mergulhemos dentro de nós mesmos. Ao
invés de colocarmos as responsabilizações no exterior, passamos a avaliar o que
nos compete a fazer interiormente. É de poder perceber que há um contraponto
daquilo que vem de fora com aquilo que está dentro. É preciso avaliar o meu
quinhão nessa confusão. É necessário me apropriar da minha parte e a única
parte sobre a qual eu tenho efetivamente ingerência. Sobre o que o outro faz, a
posição de uma determinada circunstância de vida exterior... Eu não tenho poder
para isso. Escolhas infelizes dos outros... Eu não posso consertar os outros,
mas eu posso e devo assumir a minha posição de escolher a forma como eu lido
com o que o outro me faz, a forma como me colocar diante do mundo que vem e me
agride, diante de uma circunstância que me alcance de modo tal a que eu possa
não ser simplesmente vítima do mundo e ficar ao sabor das circunstâncias
externas”.
(Médico Psicoterapeuta, Alberto Almeida)
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