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“Mãezinha, é a sua prece de amor que espero em forma de
bênção. Pensamos que há muito tempo sem qualquer intercâmbio entre nós. Sei que
você e meu pai guardam essa opinião. Entretanto, se é verdade que a saudade é
uma força que a gente supõe capaz de paralisar ponteiros de relógio, o
progresso nos dá uma impressão de tamanha velocidade nos dias da Terra, que
sete anos se nos afiguram apenas alguns minutos. Alegrias de infância,
esperanças de juventude, preocupações de estudos, responsabilidades de rapaz
que começa a imaginar os planos de trabalho na carreira escolhida, são hoje
telas que ficaram dependuradas nas paredes de nossa memória, enquanto a marcha para
frente continua inexorável. Não se admire, Mãezinha, se lhe disser que estamos
tão juntos, quase como ontem, no mesmo campo do dia a dia. A lei do Senhor estava
em caminho, à minha espera. Pormenorizar agora os fatos nas minudências do
ocorrido é desnecessário. Encontrei um novo pai em meu bisavô Joaquim, um
protetor em meu querido avô Araújo, e um enfermeiro dedicado no irmão Serapião
Ribeiro. Sofri muito. Hoje, o tempo fez a função do vento sobre um montão de
brasas... Aquele fogo de dor cedeu lugar a uma grande paz, e é com essa paz que
respondo a todos os seus escritos de amor materno, explicando que estamos hoje
mais juntos, que seus ombros ficaram escalavrados de tantas cargas de aflição,
e não tenho qualquer dúvida, mas a prece foi a nossa lâmpada acesa, afugentando
as sombras. Mãezinha, agradeço tudo o que você me dedica em suas páginas de
saudade e carinho. Sei que o Papai é o nosso amigo de sempre. Creia, Mamãe,
ninguém está só. Não julgue que eu tenha vindo para cá fora do tempo, porque o
tempo é um contabilista que nunca se engana. Sigamos para frente. O verdadeiro
parentesco nasce no coração de cada um. Aqui, na vida espiritual, as diferenças
são tantas, que não é fácil ganhar a família da Terra. As criaturas se apegam
umas às outras, segundo as afinidades com que se apresentam. Esse seu exemplo, passando a me procurar nos
necessitados, me comove muitíssimo. Não estaremos agindo sem o concurso do meu
querido papai, porque, de um modo ou de outro, ele estará sempre incorporado
aos nossos projetos para o futuro. A ordem não era para mim de repouso compulsório,
e sim de mudança definitiva. Ninguém pode conhecer o minuto próximo. Por isso,
rogo-lhe calma e consolação. Não se permita chorar tanto. Encontrar-nos-emos
mais tarde. Por agora, permaneça firme em suas concentrações e em suas preces.
Alegre-se. Cultive o otimismo e a esperança. Tristeza é uma sombra que apenas
prejudica quem a conserva por teimosia dentro da própria alma. Continuemos
contentes, animados e felizes pelas bênçãos de Deus que temos recebido. Ajude
como sempre ao Papai na solução dos problemas de nossos tempos. Mamãe, diga a
meu pai do amor que nos reúne uns aos outros. Ela estará sempre em meu coração,
tanto quanto o seu coração maternal está comigo. Agradeço tudo o que faz em meu
favor. Sustentamo-nos reciprocamente. E sou eu quem agradece todo esse imenso
amor que recebo. Se soubessem na Terra quanto nos valem na vida espiritual as
preces de coragem e de paz, decerto que os nossos entes queridos saberiam nos
socorrer sem tantas recordações amargas. Estamos em marcha, marcha para frente,
e isso é aquilo de que necessitamos. Seguir sempre adiante, esquecendo o inútil
na retaguarda. Desse modo, Mãezinha, a paz nos felicitará mais depressa. Mãezinha,
continue avançando otimista e feliz. Não se desgaste. Atenda às próprias
forças. O que desejo possa ser muito adiante, a fim de que você na Terra viva
feliz, no máximo de tempo, em favor de nós todos. Peço-lhe não registre
qualquer falta de notícias minhas, porque coração a coração, vivemos na mesma
faixa de sentimentos e ideias, à maneira de duas árvores que se apoiam uma na
outra. Abrace a meu Pai com esse respeito no amor que ele cultivou no coração
do filho agradecido. Ao Cláudio, Rose e familinha, o meu afeto constante. E a
você, Mãe querida, o pensamento e o amor, o carinho e a saudade-esperança do
filho sempre em suas horas, por vida de sua vida e coração de seu coração”.
(Marco Antônio Araújo por
Chico Xavier)
“Se é verdade que a saudade é uma força que a gente supõe
capaz de paralisar ponteiros de relógio, o progresso nos dá uma impressão de
tamanha velocidade nos dias da Terra, que sete anos se nos afiguram apenas
alguns minutos”.
(Marco Antônio Araújo por Chico Xavier)
“O tempo é um contabilista que nunca se engana. Sigamos para
frente”.
(Marco
Antônio Araújo por Chico Xavier)
“Tristeza é uma sombra que apenas prejudica quem a conserva
por teimosia dentro da própria alma”.
(Marco Antônio Araújo por Chico Xavier)
“Estamos
em marcha, marcha para frente, e isso é aquilo de que necessitamos. Seguir
sempre adiante, esquecendo o inútil na retaguarda”.
(Marco Antônio Araújo por Chico Xavier)
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