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“Libertamo-nos da sistemática filosófica e do
emaranhado contraditório das proposições teológicas, para encararmos o problema
do homem com realismo, sem os temores e os embaraços da superstição e da
religião. Mas a pesada herança dos milênios de obscurantismo, alimentados pela
magia primitiva, pelo temor do sagrado, pela nebulosidade dos conceitos formais
sobre as coisas e os seres, tudo isso em conflito com a mentalidade mitológica,
as concepções materialistas, a ferocidade das instituições religiosas, gerava
um pandemônio que não podia levar a nada. Todos tinham e não tinha razão, mas
vencia a sem-razão dos mais
poderosos. Somente os alérgicos ao futuro, na expressão de Remy Chauvin,
continuaram a bater no peito, como beatos inconversíveis, repetindo os credos
de um passado sombrio. Como na teoria aristotélica de potência e ato, basta-nos
abrir as pálpebras após o sono para que a visão da alvorada nos atualize na
realidade nova. A liberdade do homem só é limitada por ele mesmo”.
(Jornalista,
Filósofo, Parapsicólogo, Educador e Escritor, José Herculano Pires)
“Querido
Papai Carlos e querida Mãezinha Elsa, chorar, chorei muito e sofrer, penso que
sofri, a ponto de estarmos empatados. Mas aprendi a pedir o auxílio de Deus,
por aqui, com tal força, que supliquei à vovó me encontrasse um processo de
cientificá-los de que não estou em dificuldades. Rogo-lhes paciência e
conformação. Pai querido, sei que as suas indagações são muitas no silêncio da
noite, como se quisesse reencontrar-me de improviso, e compreendo os instantes
em que a Mamãe se esconde para lembrar-me e chorar. Entretanto venho pedir-lhes
fortaleza e confiança em Deus e confiança na vida. Se não fosse a saudade,
diria que estou ótimo. Tenhamos aceitação e calma, na certeza de que Deus nos
oferece o melhor que sejamos capazes de receber pelas circunstâncias da
existência. O choque passou, o inevitável já se foi. A incompreensão já se
desfez, a tempestade já não existe, e, existindo, estamos nós com o nosso amor
e com as nossas saudades justas. Auxiliem-me ambos a ser forte, pois, preciso
disso, e abracem os queridos irmãos por mim. E os queridos Pais estejam na
certeza de que continua vivendo e amando-os cada vez mais, o filho do coração”.
(Carlos André Picanço Filho por Chico Xavier)
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