(Wikipédia - Símbolos e tradições de Natal)
Eduardo Neiva de Oliveira
Anbetung der Hirten de Gerard van Honthorst
No Natal temos a indelével honra de podermos comemorar o nascimento do nosso Salvador, o único e verdadeiro anfitrião, de cuja ceia pode participar todo aquele que crê em Seu santo nome, independentemente de doutrina ou religião.
Aos ateus, o convite, igualmente, é feito, ainda mais por sabê-los, além de sedentos da verdade, muito mais valiosos do que aqueles que, apesar de religiosos, usam as letras sagradas para fins diversos do que fora pregado pelo nosso Mestre.
Enfim, todos estão convidados. Viva! Essa chance imperdível merece um brinde.
No entanto, a comemoração, feita todo dia 25 de dezembro, nos induz a uma reflexão. Será que a data está correta?
Primeiramente, independentemente da questão referente à data, o certo é que o momento é único e especial, no qual podemos usufruir da melhor forma possível, como, por exemplo, ajudar aquele que mais precisa. Por outro lado, a data não tem tanta importância, já que todo dia é motivo para refletirmos sobre o verdadeiro alimento – a Palavra, o Pão da Vida. A data poderia trazer à tona a referida reflexão em face das razões para a sua escolha.
Quando ligamos a tevê, nos reclames, os olhos mais desprevenidos deparam-se com comerciais de todo tipo no único propósito capitalista de sugar o pouco que a maioria da população ainda possa ter, ainda mais quando é pago o 13º salário e quando as crianças estão de férias. Ao passarmos pelos shoppings ou comércios, nos deparamos com vários congestionamentos, pois parece ser importante, para quem não está atento, a troca de presentes, seja para o amigo secreto ou para o Natal de um senhor enfeitado de vermelho com o nome de ‘papai noel’.
Uma data que seria, a princípio, para orarmos, para cearmos em gratidão perante o verdadeiro anfitrião e para estendermos as mãos aos menos favorecidos, é utilizada para o comércio e, pelos estilos musicais, como prenúncio do carnaval.
A data foi escolhida por fins absolutamente opostos aos ensinamentos bíblicos. Consultando o site ‘wikipédia’, lê-se que “segundo certos eruditos, o dia 25 de dezembro foi adotado para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao "nascimento do deus sol invencível", que comemorava o solstício de inverno” e que “o dia 25 de dezembro era tido também como o do nascimento do misterioso deus persa Mitra, o Sol da Virtude”. Ressalte-se que a esse ‘deus sol’ eram oferecidos sacrifícios humanos, principalmente, crianças, em troca de prosperidade.
Da reflexão, indaga-se: Por que o vermelho é usado na roupa de ‘papai noel’? Como o vermelho é usado para incitar a fome, torna-se, no mínimo, uma incongruência usar tanto vermelho numa roupa, quando se sabe que grande parte da população, que já tem tevê, sofre pela escassez de alimento.
Mas o importante é vender, parcelar as compras, gastar...
Loja de departamento Galeries Lafayette, em Paris, decorada para o natal
O comércio é importante porque gera emprego e renda, merecendo atenção, mas não tanta, a ponto de confundir o Natal e a data do nascimento de Jesus Cristo com uma oportunidade para o lucro em detrimento do sofrimento alheio.
Muitos ganham presentes, inclusive campanhas são feitas em prol dos menos favorecidos, mas essas mesmas pessoas vão às compras para poderem fazer parte do que a tevê coloca como padrão normal.
Jesus Cristo nos deu a Árvore da Vida de forma gratuita. Papai Noel nos oferece por variados preços um pinheiro para colocarmos presentes.
Sinterklaas ou São Nicolau, considerado por muitos o Papai Noel original.
Papai Noel ou ‘Pai Natal’ (Europa), na verdade, é o arcebispo de Mira na Turquia (séc. IV), São Nicolau. Segundo o ‘wikipédia’, “Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro”.
No site ‘simceros.org’, tem-se que, “no Brasil, a figura do Papai Noel surgiu por volta de 1920, mas popularizou-se depois de 1930. A origem entre o povo brasileiro não vem de uma tradição popular, mas foi um costume importado de outros lugares. Não são poucas as crianças que acreditam piamente que os presentes que receberam, foram trazidos por um "homem muito bom" chamado Papai Noel e, mais tarde, descobrem que isso não passava de uma mentira”.
Ou seja, ‘papai noel’ não tem qualquer semelhança com Jesus Cristo, o verdadeiro anfitrião, sendo tudo produto de um marketing que não tem nada a ver com o verdadeiro Natal.
Passa o Natal e a vida continua normalmente, porém, com a continuidade dos problemas envolvendo, principalmente, a classe pobre, com a destruição do 13º salário, novas dívidas, novos empréstimos e despesas com as mensalidades escolares dos filhos, com o IPVA e, quando sobra, com o seguro do veículo, além do IPTU e assim por diante.
O Natal pode ser lindo e, indubitavelmente, é até inesquecível, mas além de ser engodo, nos afasta do Primogênito, quando o relegamos, pelas armadilhas lançadas, para segundo plano.
Aproveitemos para incluir em nossas orações todos os prefeitos (mais de 5.500), Câmaras Municipais e os 27 governadores na condução dos respectivos Estados e, em especial, o governador Ricardo Coutinho (ao lado de Rômulo Gouveia), como também, na condição de paraibano, o nosso Senador Cássio Cunha Lima e os suplentes, Dr. Ivandro Cunha Lima e Deca, na recente representação da PB no Senado Federal, incluindo todo o Congresso Nacional e, em destaque, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Ricardo Marcelo, e, independentemente de cor partidária, a administração da presidenta Dilma Rousseff, para que o POVO possa sorrir contemplado pelos direitos preconizados pela CF/1988 - a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, entre outros.
Nesse diapasão, não nos esqueçamos do Guardião da nossa Constituição, peça importantíssima no tabuleiro da democracia e dos princípios constitucionais, cujas decisões caminham, indubitavelmente, em nosso benefício para que injustiças disfarçadas não atropelem a dignidade da pessoa humana, a segurança jurídica e o devido processo legal, até porque um Poder Judiciário fortalecido não é o que esperam os grandes grupos econômicos.
Peçamos a Deus que a corrupção usada de diversas formas, inclusive na perseguição de inocentes, seja, se possível, extirpada, mas que a Justiça em sua mais ampla feição esteja à frente para que qualquer resquício de ditadura seja aniquilado liminarmente. Dessa forma, com um Judiciário, um Executivo e um Legislativo fortalecidos, a harmonia e a independência serão reverenciadas e o POVO saberá separar o joio do trigo.
Ao Ano Novo que se aproxima desejo a todos que caminhem com o nosso Anfitrião e, sem armadilhas, possam trilhar as vias da saúde, da paz e do amor com prosperidade. Que as injustiças sejam entregues sob os cuidados de Deus e que o perdão seja a nossa mais poderosa arma, para que possamos seguir adiante, com vitórias e com o desfrute do nosso maior presente – a Vida (O Evangelho segundo João 1: 6).
Um feliz Natal e um ano vindouro de Paz, Luz e prosperidade!
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