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15/12/2013

Frases para a vida


“JESUS deu dignidade à mulher ao retirá-la da posição inferior em que fora colocada como fez com coxos, pecadores e pobres, pregando a igualdade e a liberdade de todos perante o reino celeste, atitude que rompeu tabus e revolucionou os paradigmas da sociedade palestina... Em diversos momentos proclamou o respeito à mulher e censurou os hipócritas, como na casa do fariseu que o convidara para a refeição, onde a mulher arrependida banhou seus pés com lágrimas e os enxugou com os cabelos (Lc 7:36ss); ou quando pediu água para a samaritana, com quem os judeus não podiam conversar (Jo 3:7ss). Numa visita, sentindo Marta ocupada apenas com os afazeres domésticos, JESUS dirigiu elogios a Maria que preferira escutar suas lições, prestigiando àquela que abdicava do papel subalterno para dedicar-se às coisas do espírito (Lc 10:38ss)... Relembre-se que JESUS percorria cidades e aldeias acompanhado pelos apóstolos e por algumas mulheres, casadas ou não, que ajudavam nos afazeres e nas despesas das viagens e aprendiam as escrituras, o que não lhes era permitido, como Maria Madalena, Joana, Susana, mulher de Cusa, e outras, como Salomé, esposa de Zebedeu e Maria, mãe de Tiago e José (Lc 8:1ss). A trajetória do martírio, a morte de cruz, o sepultamento e a ressurreição contaram com o testemunho feminino, dolorosa retribuição de afeto a quem deu à mulher a proeminência de pessoa, feição histórica que não pode ser apartada do sacrifício da redenção”. 
(Desembargador do egrégio TJRS, Prof. José Carlos Teixeira Giorgis)

“O Direito é importante, no entanto, mais importantes que o Direito são o Sol, a Vida, a Natureza, as pessoas...” 
(Professor Sebastião Marsicano Ribeiro)

“O direito foi feito para o homem e não o homem para o direito. As regras jurídicas têm de ser pensadas em função das pessoas, que nascem, crescem e morrem à procura da felicidade e da paz. Não faz sentido entronizar-se o direito como ciência, como um ente autônomo, com vida própria. Todas as ciências devem ser subordinadas ao grande ideal de servir ao ser humano, não só ao coletivo, mas a cada pessoa individualmente. Pois, muitas vezes, por trás da aparente utilidade está a crueldade mais dura e calculada... Não podemos nos transformar em instrumentos da luta entre pessoas, classes e nações, em ferramentas para que as pessoas humilhem umas às outras e se vinguem reciprocamente. Não devemos fazer o papel de vingadores estatais, procurados para satisfazer a sede de vingança de uns contra outros. Grandes deformações do direito ocorreram na Alemanha nazista, na União Soviética comunista, na Itália fascista e em outras nações, inclusive a nossa... E, infelizmente, há ainda aqueles que querem a continuidade da lei de talião como forma de resolver os problemas... Maior é o juiz que, dentro da humildade que deve ter, dialoga por horas a fio com os advogados e as partes, numa atitude democrática e termina os processos por acordo das partes. Esse é mais vocacionado que aquele outro que está preocupado com sua brilhante erudição manifestada em sentenças ricas de citações de doutrina e jurisprudência, mas que não enxergou os corações inseguros das partes batendo descompassados por detrás das falas dos seus advogados. Grande é o advogado que leva seus clientes às soluções conciliatórias, pois mostram que acima do seu interesse nos honorários coloca o interesse dos seus clientes, que carecem, não da luta interminável e desgastante contra seus adversários, mas das soluções verdadeiras e definitivas, que se representam no encerramento das lides, cujo caminhos se encurtam pela celebração dos acordos... Acima das regras processuais, dos autos, das formalidades, encontram-se as pessoas que comparecem à sala de audiências esperando conseguir a paz”. 
(Magistrado Luiz Guilherme Marques)

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