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25/12/2013

Oração do Natal


“Rei Divino, na palha singela, por que te fizeste criança, diante dos homens, quando podias ofuscá-los com a grandeza do teu Reino? Soberano da Eternidade, por que estendeste braços pequerruchos e tenros aos pastores humildes, mendigando-lhes proteção, quando o próprio firmamento te saudava com uma estrela sublime, emoldurada de melodias celestes?


Certamente, vinhas ao encontro de nosso coração para libertá-lo. Procuravas o asilo de nossa alma para convertê-la em harpa nas tuas mãos.

Preferias esmolar segurança e carinho, para que, em te amando, de algum modo, na manjedoura esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos outros.

Tornava-lhes pequenino para que a sombra do orgulho se desfizesse, em torno de nossos passos, e pedias compaixão, porque não nos buscava por adornos do teu carro de triunfo, como vassalos de tua glória, mas, sim, por amigos espontâneos de tua causa e por tutelados de tua benção. E modificaste assim, o destino das nações. Colocaste o trabalho digno, onde a escravidão gerava a miséria, acendeste a claridade do perdão, onde a noite do ódio assegurava o império do crime, e ensinaste-nos a servir e a morrer, para que a vida se tornasse mais bela... É por isso, que ajoelhados em espírito, recordo-te o berço pobre, ofertamos-te o coração.

Arranca-o Senhor, da grade do nosso peito, enferrujado de egoísmo, e faze-o chorar de alegria, no deslumbramento de tua Luz!... Conduze-nos, ainda, aos tesouros da humildade, para que o poder sem amor não nos enlouqueça a inteligência e deixa-nos entoar o cântico dos pastores quando repetiam, em pranto jubiloso, a mensagem dos anjos: Glória a Deus nas alturas, paz na terra e boa vontade para com os homens !...”


(Meimei por Chico Xavier)

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