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12/02/2014

Frases para a vida

BORBOLETA Vetor
(pt.forwallpaper.com)

“O estudo do animismo nos povos primitivos e nas crianças mostra-nos como o poder criador do homem povoou o mundo de mitos que lhe permitiram compreender e estruturar a realidade exterior para poder dominá-la... Para o homem dos tempos mitológicos, o mito aparece como realidade e o real como simples matéria que serve para moldar-se à realidade do mundo. Não é de admirar que os homens daqueles tempos dessem preferência aos mitos, desprezando o histórico... São Francisco de Assis, um santo que dispensava a canonização, deu a sua vida para forçar a Igreja retornar a CRISTO. E todas as grandes figuras da Igreja, homens e mulheres, que tiveram olhos para ver a desfiguração do Cristianismo, foram alijadas do seio da Santa Madre. Apesar de tudo isso, ou talvez por tudo isso, o Cristianismo conseguiu, como o fermento da parábola, infiltrar-se no mundo e levedar, embora apenas em parte, a massa do mundo... A leitura dos textos evangélicos e bíblicos era privativo dos clérigos e só eles podiam dizer o que os textos ensinavam — e apesar disso esses textos produziram transformações fundamentais no plano sociocultural. Mas nem por isso o Cristianismo conseguiu vencer a asfixia dos poderes combinados do mundo, o religioso e o político, ambos assentados na sólida base da ignorância generalizada e acionados pela força convincente do dinheiro... Os homens são o que são, e não o que deviam ser, em cada fase da evolução terrena, e gozam sempre da jurisdição de si mesmos, para que possam, no uso de seu livre arbítrio, desenvolver a consciência de suas responsabilidades intransferíveis. Os fatos não se desenrolam ao acaso, mas na sequência orgânica do crescimento... O próprio CRISTO previra isso e anunciara, como se vê de maneira mais clara no Evangelho de João, a deformação dos seus ensinos e a necessidade do seu restabelecimento do futuro... A visão do MESTRE abrangia todo o panorama das transformações históricas de um longo futuro”. 
(Jornalista, Filósofo, Parapsicólogo, Educador e Escritor, José Herculano Pires)

‘VULGATA VERSIO’:
“A grande figura de JESUS ultrapassa todas as concepções do pensamento. Eis por que não pode ter sido criada pela imaginação. Nessa alma, de uma serenidade celeste, não se nota mácula nenhuma, nenhuma sombra. Todas as perfeições nela se fundem, com uma harmonia tão perfeita que se nos afigura o ideal realizado... Os Evangelhos, escritos em meio das convulsões que assinalam a agonia do mundo judaico, depois sob a influência das discussões que caracterizam os primeiros tempos do Cristianismo, se ressentem das paixões, dos preconceitos da época e da perturbação dos espíritos. Cada grupo de fiéis, cada comunidade, tem seus evangelhos, que diferem mais ou menos dos outros. Grandes querelas dogmáticas agitam o mundo cristão e provocam sanguinolentas perturbações no Império, até que Teodósio, conferindo a supremacia ao papado, impõe a opinião do bispo de Roma à cristandade. A partir daí, o pensamento, criador demasiado fecundo de sistemas diferentes, há de ser reprimido. A fim de pôr termo a essas divergências de opinião, no próprio momento em que vários concílios acabam de discutir acerca da natureza de JESUS, uns admitindo, outros rejeitando a sua divindade, o papa Damaso confia a São Jerônimo, em 384, a missão de redigir uma tradução latina do Antigo e do Novo Testamento. Essa tradução deverá ser, daí por diante, a única reputada ortodoxa e tornar-se-á a norma das doutrinas da Igreja: foi o que se denominou a ‘Vulgata’.” 
(Léon Denis)

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