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(Carta do Padre São Jerônimo para o Papa Dâmaso I):
“De velha obra me obrigais a fazer obra nova.
Quereis que, de alguma sorte, me coloque como árbitro entre os exemplares das Escrituras
que estão dispersos por todo o mundo e, como diferem entre si, que eu distinga
os que estão de acordo com o verdadeiro. Qual, de fato, o sábio e mesmo o
ignorante que, desde que tiver nas mãos um exemplar (novo), depois de o haver percorrido
apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler,
não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário,
porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa
nos antigos livros? Meclamitans esse sacrilegum qui audeam aliquid in
veteribus libris addere, mutare, corrigere. Um duplo motivo me consola
desta acusação. O primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me
ordenais que o faça; o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas
que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a aprovação dos maus. Este
curto prefácio tão somente se aplica aos quatro Evangelhos, cuja ordem é a
seguinte: Mateus, Marcos, Lucas e João. Depois de haver comparado certo número
de exemplares gregos, mas dos antigos, que se não afastam muito da versão
itálica, combinamo-los de tal modo (ita calamo temperavimus) que,
corrigindo unicamente o que nos parecia alterar o sentido, conservamos o resto
tal qual estava”.
(Obras de São Jerônimo, edição dos Beneditinos, 1693, t. I,
col. 1425)
“A tradução oficial (Vulgata), que devia ser
definitiva segundo o pensamento de quem ordenara a sua execução, foi,
entretanto, retocada em diferentes épocas, por ordem dos pontífices romanos. O
que havia parecido bom, do ano 386 ao de 1586, o que fora aprovado em 1546 pelo
concílio ecumênico de Trento, foi declarado insuficiente e errôneo por Sixto V,
em 1590. Fez-se nova revisão por sua ordem; mas a própria edição que daí
resultou, e que trazia o seu nome, foi modificada por Clemente VIII em uma nova
edição, que é a que hoje está em uso e pela qual têm sido feitas as traduções
francesas dos livros canônicos, submetidos a tantas retificações através dos
séculos”.
(Léon Denis)
“O
orgulho é a corrente férrea que prende o nosso pensamento e o faz tombar no
sepulcro do misticismo”.
(Farmacêutico, conhecido por ‘médico dos pobres de
Matão-SP’, Cairbar Schutel)
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