(Arte do Conjur)
Roberto Delmanto
Advogado Criminalista
Arrolado para depor como testemunha de acusação em um processo criminal e temendo vir a tornar-se co-réu, pois a vítima, que o acusava de participação no crime, havia se habilitado como assistente do Ministério Público, o industrial pediu a um sobrinho, advogado recém formado, que o acompanhasse na audiência. O jovem prontamente aceitou o pedido do tio.
No dia e hora aprazados, ambos compareceram ao Fórum Criminal. Apregoado o feito, o sobrinho entrou com o tio na sala de audiência, e, ignorando que essa não é a praxe forense, sentou-se com este à mesa.
O juiz, vendo que havia três advogados presentes, ao invés dos dois já habilitados, ou seja, o defensor e o assistente, passou a perguntar-lhes a quem representavam: o primeiro respondeu que era advogado do réu e o segundo, que era assistente de acusação.
Quando indagou ao jovem causídico a quem representava, ele, orgulhosamente, em alto e bom som, respondeu: "Eu sou advogado da testemunha".
Todos, com exceção do tio, não puderam segurar o riso...
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