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30/08/2011

Dia Internacional dos Desaparecidos

NA PISTA
Amarante na sede da Cruz Vermelha: trabalho minucioso

http://www.cruzvermelha.org.br/

 
Rio de janeiro – No dia 30 de agosto é celebrado o Dia Internacional dos Desaparecidos, e o Movimento Internacional de Cruz Vermelha, a ONU e demais Organizações que lutam pelos Direitos Humanos, comemoram a vigência, desde o dia 23 de dezembro de 2010, da Convenção Internacional sobre a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado, que se tornou um instrumento-chave para impedir e erradicar os desaparecimentos. Esta convenção marca uma vitória para as famílias das pessoas desaparecidas que passam por uma dor e uma ansiedade extremas, que podem durar anos – às vezes, toda uma vida – e dificulta que levem uma vida normal, ressaltou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Em todas as situações de conflito armado ou violência interna, há pessoas que desaparecem. A tragédia afeta milhões de pessoas no mundo todo. Em alguns países as sociedades nacionais da Cruz Vermelha ou do Crescente Vermelho participam deste processo.

No Brasil o Departamento de Busca de Paradeiro foi criado pelo Comitê Internacional de Cruz Vermelha, com base nas Convenções de Genebra, e existe desde a Primeira Guerra Mundial tendo por lema “Ajudando a reunir familiares perdidos”. No caso da Segunda Grande Guerra, tantos anos depois do seu término, muito do trabalho executado pela Agência Central de Pesquisas e Proteção, em Genebra, Suíça e pelo Serviço Internacional de Buscas, em Arolsen, na Alemanha ainda está relacionado com ela.

O serviço se estendeu à procura de desaparecidos. O grupo abrange desde as pessoas que deixaram o convívio familiar até aquelas que perderam o contato, devido à mudança de endereço ou outra razão.

O Departamento de Busca de Paradeiro da Cruz Vermelha Brasileira trabalha com uma lista de cerca de seis mil brasileiros desaparecidos dentro e fora do país. Trinta por cento desses casos já foram solucionados. “É um trabalho dificílimo. É como procurar agulha no palheiro”, ressalta Oswaldo Amarante, responsável pelo Departamento, que não desiste nunca de sua tarefa. “Mesmo quando não localizamos, os recursos se esgotaram, o caso sempre permanece aberto, porque a qualquer momento podem surgir novas informações”. Mais de quinhentas entidades entre governo, ong´s, consulados e colaboradores fazem parte dessa corrente de informação na busca dos desaparecidos.

A Cruz Vermelha Brasileira tem como objetivo ampliar esse trabalho fazendo com que cada filial de Cruz Vermelha tenha seu próprio serviço de Busca de Paradeiro, formando uma corrente nacional, com olhos voltados unicamente para localizar pessoas. “Encontrar uma pessoa é uma sensação única, uma realização, um estímulo ao nosso trabalho, uma recompensa que não tem preço”, comentou Oswaldo Amarante, que desde 1988 está no Departamento Nacional de Busca de Paradeiro, realizando um trabalho que “se constitui em uma das tarefas humanitárias mais importantes das que são executadas pela Cruz Vermelha”, de acordo com o Comitê Internacional de Cruz Vermelha.

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