AlunO PM, além de colar, agride, de forma covarde, uma professorA (isso mesmo, uma professorA) de Direito Civil da Unisuam de Campo Grande
Foto: Cléber Júnior - Extra
RIO - A advogada e professora de Direito Civil da Unisuam de Campo Grande Sylvia Fairbanks, de 29 anos, diz ter sido agredida por um aluno, em sala de aula, na última quinta-feira. O estudante universitário é um cabo da Polícia Militar, que está no segundo período de Direito. Segundo a professora, depois de flagrar o policial com cola, durante uma prova, seguiu-se uma discussão entre os dois. O aluno teria, então, agredido Sylvia com um soco na face esquerda.
- Alunos disseram que ele estava armado. Não vi arma, mas, em determinado momento, ele baixou um pouco a calça e fez um gesto de quem iria puxar a arma. Quero justiça. O aluno deveria ser expulso - diz Sylvia, que não obteve, até esta terça-feira, uma posição da instituição, onde dá aulas há dois anos.
Sylvia foi retirada de sala de aula por uma assistente, e levada para uma outra sala. Nesse meio-tempo, segundo ela, o estudante fugiu. A professora foi até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam-Oeste) de Campo Grande registrar a agressão. De lá, foi encaminhada ao Hospital Rocha Faria, onde, segundo ela, os médicos comprovaram a lesão no rosto.
- Fui até o IML para concluir o processo - diz ela, que, nesta terça-feira, ainda estava com o rosto inchado.
Sylvia contou que, antes de começar a prova, pediu a todos os alunos que retirassem de dentro do livro de Código Civil - usado como consulta no teste - eventuais "colas". O PM não teria obedecido e Sylvia retirou o livro da mesa dele, proibindo a consulta.
- Ele disse: "Essa p... não funciona assim, não. Se você não me devolver o Código, você vai ver o que vai te acontecer". Eu pedi respeito, mas ele partiu para cima, para retirar o livro das minhas mãos. Como resisti, ele me deu um soco - conta.
Sylvia registrou a ocorrência na Corregedoria Geral Unificada (CGU) e na 2ª Delegacia de Polícia da Justiça Militar (DPJM). O EXTRA não conseguiu falar com a Unisuam. A Polícia Militar falou que não se pronunciaria na terça-feira
Antero Gomes - Extra
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