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11/06/2011

DIA DOS NAMORADOS - 12/06/2011

Por Eduardo Neiva de Oliveira
12/06/2011
(postado em 11/06/2011)
 
Hoje se comemora o ‘dia dos namorados’. Melhor seria que na comemoração fossem incluídos, numa mesma pessoa, os ‘cônjuges’, ‘amigos’, ‘companheiros’, ‘amantes’, ‘cúmplices de jornada’ e ‘confidentes’, pois aí estaria sendo reverenciada a amplitude merecida para os que estão dia a dia enamorando.

A abrangência na referência ao dia de hoje justifica-se pelo fato de que não haveria o que comemorar se o amor que une os corações dos ‘namorados’ estivesse desatrelado de sentimentos que são como a água divina que rega o solo para que a ‘semente’ possa germinar no plantio da felicidade.

O amor é isso, uma semente. Podemos colocar de tudo nesse solo sedento e pronto para dar os frutos que serão o alimento da alegria de um casal e de uma família. Por outro lado, como o livre arbítrio nos foi dado, podemos colocar até o cimento da discórdia por cima de tão bela semente.

Há ainda a possibilidade, como parece ser o mais comum, de, no início, a semente ser regada com as juras de amor eterno e com a aparência da perfeição para depois o solo desse suposto amor ser pisoteado pela praga do egoísmo, da desconfiança e da indiferença.

Mesmo assim, comemora-se com beijos de hipocrisia o dia dos namorados porque os ‘amigos’, ‘companheiros’, ‘amantes’, ‘cúmplices de jornada’ e ‘confidentes’ não foram convidados para participar dos problemas, para enfrentar as dificuldades e para festejar as vitórias.

Portanto, não deixemos de regar os nossos lares e as nossas famílias com chuvas de compreensão, altruísmo, companheirismo, amizade e, principalmente, amor, para que as ervas daninhas não cresçam em nossos corações.

Assim fazendo, perante DEUS, estaremos cultivando ao invés de, tão somente, comemorar.

Quanto ao sexo... ah, o sexo. Por vezes é preciso domá-lo com as rédeas da razão ou mesmo do coração num equilíbrio capaz de levá-lo à eternidade em ondas de amor. Por que não vê-lo e senti-lo no olhar, no abraço, nas brincadeiras que nos dão gargalhadas inesquecíveis, nas refeições, nos diálogos... sem estuprar o amor com pedidos fora de hora, com prazeres unilaterais ou com exigências egoísticas, mas, pelo contrário, se doando e recebendo, perante Deus, as carícias invisíveis e visíveis do amor, seja apreciando até a sombra como a mais bela arte ou imbuídos num fazer que nunca deixará de ser feito, seja no leito de amor, nos pensamentos, nos obstáculos, nas alegrias, nas orações, nos sonhos ou na realidade.

Graças a Deus, posso comemorar e cultivar com a minha esposa, Mirella, um amor que não se tornou ainda uma árvore centenária, mas que, dia a dia, está sendo regada para o nosso desfrute e alegria dos que verdadeiramente nos amam, a exemplo da nossa família e dos nossos raros amigos, numa ligação que os contempla e os abraça.

Esse amor, como não pode deixar de ser, requer cuidado e atenção, mas também clama por orações dos que completam o ‘quebra cabeça’ agraciado por Deus.

Seja como uma semente ou como um diamante bruto, que possamos comemorar todos os dias o ‘dia dos namorados’ cultivando-o como o agricultor incansável ou lapidando-o sob o guiar do maior de todos os ourives, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e sob a proteção do Seu 'exército' e, assim, podermos tratar, sob essa luz que a tudo enxerga, a pessoa amada como um cristal precioso, não o forçando para não trincá-lo, sob pena de cicatrizes mal acompanhadas durarem vidas, sem olvidar que isso seria o mesmo que brincar com os limites do perdão tratando o amor como marionete a serviço dos próprios caprichos.

Enfim, que a voz do amor encontre eco nas nossas vidas. Aos que plantaram que possam ouvir: “Hoje é o dia de vocês, comemorem-no, curtam-no e sejam cada vez mais felizes. A colheita é farta”. Aos que estão começando, que possam ouvir: “Mangas arregaçadas! Labutem na lavoura, cujos frutos valerão o respeito e a atenção ao anfitrião da festa – o amor”. Aos que foram negligentes que se arrependam e possam ouvir: “Hoje o dia também é de vocês, perdoem e aceitem o perdão, caso ainda haja tempo”. Aos que chegaram ao fim, que possam ouvir: “Não desanimem, para frente é a caminhada e se tiverem filhos, sejam cada vez mais amigos, pois pais não se separam, só os cônjuges”.

Graças a Deus, eu & Mirella estamos usufruindo da colheita e nos preparando para novo plantio.

Um brinde ao amor, um feliz Dia dos Namorados e, como diz o apóstolo Paulo aos Coríntios, que “todos os vossos atos sejam feitos com amor”!

Eduardo Neiva de Oliveira

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